Adriana Moll

Buscadora da verdade intrínseca a todos os seres da criação, inspirada e conduzida pela grandeza da Tradição Védica Indiana, pela Autocura e Autocultivo da beleza e da graça femininas que permeiam a mágica da Śakti Universal.
Harih Om

quarta-feira, 2 de agosto de 2017


Hari Om






Vedicamente Falando - Vídeo 2 – 


E seguindo a sequência de vídeos sobre assuntos pertinentes ao Yoga, eu, Adriana Moll, e Annabella Magalhães continuamos em nosso bate papo informal e falamos agora sobre a "ignorância da mente".

Assistam e acompanhem os assuntos quinzenais que enriquecerão e esclarecerão aos muitos interessados na cultura védica indiana.
Curtam e compartilhem com os amigos.
Hari OM.

#Yoga #TradiçãoVédica #SimbolismoVédico
#SítioShivaShakti #AnnabellaMagalhães
#GuardiãDaTerra #Vedicamente Falando
#PoderDaShakti #AdrianaMoll




Hari Om 






Vedicamente Falando - Vídeo 1 - 


Os Vedas constituem um Corpo de Conhecimento que transmite para toda a humanidade os ensinamentos e os meios para que seja compreendida a verdadeira natureza de paz e de absoluta plenitude da criação, envolvendo todos os seres.
Esses ensinamentos se dirigem especialmente para aqueles indivíduos, que já compreenderam que quaisquer satisfações que possam ser fornecidas pelo mundo material e sensorial que nos cercam são passageiras, e jamais serão capazes de dar o sentimento de completude e paz infinita. Estes indivíduos se voltam para a busca deste preenchimento interno, num desejo ardente por liberação da ignorância sobre si mesmos e compreendem, em seu íntimo, que essa plena felicidade só pode existir como fruto do autoconhecimento. Essas pessoas são chamadas "mumukshu", aquele que deseja a liberação da ignorância sobre sua verdadeira natureza de Paz e Plenitude.
Quer saber um pouquinho mais sobre isso?

Então, acompanhe nossos vídeos quinzenais onde a Professora Annabella Magalhães falará sobre vários temas de YOGA, TANTRA YOGA, VEDANTA e SIMBOLISMO VÉDICO, num bate papo informal comigo, Adriana Moll, sua aluna e também professora de Simbolismo Védico e de Saberes Femininos Ancestrais.
Será um prazer dividir com vocês este conhecimento libertador que é tão claramente abordado por Annabella Magalhães, professora de Sânscrito, Yoga e Simbolismo Védico, discípula da Mestra Gloria Arieira.Esses ensinamentos se dirigem especialmente para aqueles indivíduos, que já compreenderam que quaisquer satisfações que possam ser fornecidas pelo mundo material e sensorial que nos cercam são passageiras, e jamais serão capazes de dar o sentimento de completude e paz infinita. Estes indivíduos se voltam para a busca deste preenchimento interno, num desejo ardente por liberação da ignorância sobre si mesmos e compreendem, em seu íntimo, que essa plena felicidade só pode existir como fruto do autoconhecimento. Essas pessoas são chamadas "mumukshu", aquele que deseja a liberação da ignorância sobre sua verdadeira natureza de Paz e Plenitude.Quer saber um pouquinho mais sobre isso?
Então, acompanhe nossos vídeos quinzenais onde a Professora Annabella Magalhães falará sobre vários temas de YOGA, TANTRA YOGA, VEDANTA e SIMBOLISMO VÉDICO, num bate papo informal comigo, Adriana Moll, sua aluna e também professora de Simbolismo Védico e de Saberes Femininos Ancestrais.Será um prazer dividir com vocês este conhecimento libertador que é tão claramente abordado por Annabella Magalhães, professora de Sânscrito, Yoga e Simbolismo Védico, discípula da Mestra Gloria Arieira.

Hari OM🙏


#VedicamenteFalando #Yoga #SimbolismoVedico #AdrianaMoll #SitioShivaShakti#Vedanta #AnnabellaMagalhães#Sânscrito

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016




Harih OM 


8 de dezembro

Oxum – Nossa Senhora da Conceição


Celebrando os aspectos da Deusa, que brilham e brilharão por todas as gerações de mulheres, que com esta essência, amarem a terra e quiserem manter a conexão viva com o planeta, sintonizando e equilibrando nossa energia feminina, que são dádivas da Deusa, ou da Grande Mãe.🙏



Os aspectos da Deusa são milhares, diferentes em formas e significados, da mesma maneira  que em um mesmo espectro óptico se observam a decomposição das cores.

Como quando um feixe estreito de luz solar incide sobre um prisma de vidro, em um determinado ângulo, uma parte é refletida e a outra parte atravessa o vidro, decompondo o espectro óptico em diferentes bandas de cores. Assim são as faces da deusa, uma única energia vista em uma multiplicidade de formas.

A origem dos mitos e símbolos da Deusa, bem como sua representação histórica, sempre esteve relacionada ao acolhimento e cada um destas facetas sempre teve algo a nos ensinar.
Muitas culturas e mulheres ao longo do tempo mantiveram viva e firme a conexão com a grande Mãe.
Oxum, orixá das águas doces, da sensualidade e da beleza é a deusa yorubá, protetora das fontes, rios e cachoeiras. Incentivadora das artes e da criatividade, é a principal divindade dos Oshogbó, capital e a maior cidade do estado de Osun, na Nigéria, que foi fundada no século XVII pelos Yorubás, mais importante grupo étnico do país.

O Festival de Oxum é realizado anualmente na cidade de Oshogbó. O Bosque Sagrado de Osun-Oshogbó, onde se encontra o Templo de Oxum, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.

Existem laços muito estreitos entre o mito de Oxum e os reis de Oshogbó. A festa anual de oferendas à Oxum é uma alegre comemoração que relembra a chegada de Laro, fundador da dinastia yorubá, às margens de um rio, cujas águas correm permanentemente.
Conta a história que Laro e sua família encontraram um local favorável para o estabelecimento de sua cidade e decidiram, próximo ao rio, fixarem residência junto com seu povo.

Poucos dias após a chegada de Laro, uma de suas filhas resolveu nadar no rio e acabou sumindo nas águas.

Dias depois, a linda moça reapareceu majestosamente vestida de amarelo com jóias de ouro e cobre, carregando um leque e um espelho, pulseiras e colares dourados, declarando ter sido muito bem acolhida pela divindade do rio. O pai, encantado, para demonstrar sua gratidão, dedicou-lhe oferendas.

Um imenso cardume de peixes, assistentes da deusa do rio, aproximaram-se para comer, em sinal de aceitação da oferta que Laro havia jogado nas águas.

Nadava próximo ao local um grande peixe. O estranho peixe cuspiu água em Laro, que recolheu esta água numa cabaça para beber, fazendo assim um pacto de aliança com a deusa do rio.

Em sinal de agradecimento pela benção, estendeu, as mãos para frente e o peixe saltou para elas.

Oxum é cultuada no Brasil, em Cuba, Haiti, Panamá, Porto Rico, República Dominicana e nos Estados Unidos  ( Flórida - California - Nova York) .

No cristianismo ela é relacionada à figura de Nossa Senhora da Conceição.

Ela é conhecida de diferentes maneiras no Brasil; na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres; no sul é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição; no centro-oeste e sudeste é reconhecida como Nossa Senhora ou Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Popularmente a celebração de Nossa Senhora da Conceição relaciona-se ao arquétipo da Maternidade. Desde o século VII, na Península Ibérica, festejos são feitos com esta evocação.
Nesta data, até pouco tempo, era comemorado o dia das mães e não no primeiro domingo de Maio.




Adriana Moll

quinta-feira, 3 de novembro de 2016


Vedicamente Falando 


Harih OM 



A vida é um mergulho em infinitas possibilidades, na beleza das diferentes formas, na multiplicidade das cores. Podemos escolher mergulhar fundo ou permanecer boiando na superfície. 

Para escolher o mergulhar profundo é necessário ter bases sólidas e confiança inábalável na plenitude do eterno Divino, que em sua essência, é absoluto e sagrado.

Eu sou o universo, infinito, múltiplo e diverso.




OM TAT SAT  

Adriana Moll

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Festival das luzes




Dīpāvali 



Harih OM 


Dīpāvali é conhecido na Índia como festival das luzes. É celebrado uma vez ao ano com muita alegria e devoção por todo o povo e celebra, entre outras histórias da Tradição Védica, a destruição de Narakasura por Kṛṣṇa, restituindo o valor do Dharma sobre o Adharma. Também comemora a entrada de Rāma e Sītā em Ayodhya, após anos de exílio na floresta.

Dīpāvali é um grande festival indiano e uma importante data para o hinduísmo. É comemorado no primeiro dia do mês lunar de Kartika, que ocorre entre os meses de outubro e novembro. Lamparinas são acesas para atrair as bençãos e graças de Mahālakṣmī, aquela que é a senhora de toda a riqueza material e sutil, representação da beleza e alegria, deusa da prosperidade e da fortuna.


Simbolicamente, as lamparinas acesas representam a chama do conhecimento que afasta a confusão, jogando luz e revelando Brahman, que é a verdadeira natureza, essência brilhante presente em  cada indivíduo. Este reconhecimento é a grande fortuna que deve ser almejada. As luzes significam a comemoração da vitória do Dharma sobre o Adharma, ou seja, a chegada do conhecimento e o afastamento da escuridão da ignorância.

Por meio da luz do conhecimento, fogo eterno que consome e destrói falsas identificações, é possível ver no escuro da caverna do nosso coração, onde está sentada a verdade plena que é a realidade  absoluta e a base do nosso “ser “, aquele que não é diferente ou afastado da substância que sustenta e mantêm o universo funcionando.

Dizem que nesta noite, Mahālakṣmī, aquela  que contêm a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual, a Mãe Divina que é fonte de todo o poder, passeia pelo mundo, visitando as casas e distribuindo suas bençãos de amor e abundância, enchendo nossos corações de alegria e nossa mente de clareza e sabedoria.



OM TAT SAT  




Adriana Moll





segunda-feira, 10 de outubro de 2016


Sarasvatī 
 Harih OM  



Sarasvatī é a deusa das artes e da música a deusa que abençoa a voz e a fala, esposa de Brahmā, senhora do conhecimento supremo, doadora da essência básica primal, origem da linguagem, protetora dos artistas, artesãos, escritores, atores, músicos.
Ela é Brahmī, protetora daqueles que buscam o autoconhecimento, dos estudantes, poetas e dos professores. Ligada à eloquência, ao belo e ao agradável falar, ela concede a comunicação auspiciosa.
Sua representação iconográfica mostra uma linda mulher, vestida de branco, com uma pele muito clara como o leite, tocando um instrumento musical- a vīṇā.
Seus símbolos são o Hansa, um pássaro semelhante a um cisne, um lótus branco e um mālā de pérolas,muitas vezes aparece acompanhada por um pavão. Carrega sempre próximo de si  ou na mãos, os Vedas. É a protetora das 64 artes, provedora de toda criatividade e imaginação.
Sarasvatī também é o nome de um rio ancestral, hoje desaparecido, que corria ao noroeste da Índia, onde nos primórdios cresceu a civilização hoje conhecida como Sarasvatī - Sindhus. Por motivos climáticos e mudanças geológicas, os cientistas acreditam que o rio secou e que hoje ele corre apenas no subsolo terrestre. Pesquisas avançadas e auxiliadas por satélites comprovam a existência deste sagrado rio de tempos remotos.


A redescoberta do rio Sarasvatī levou a uma nova interpretação e a outros conceitos sobre os motivos para a mudança da civilização que existia naquela região para as margens do rio Ganges. Hoje sabe-se que a Tradição Védica começou à margens do Sarasvatī e migrou para o rio Ganges após a citada mudança climática/geológica responsável pela seu desaparecimento. 
No simbolismo Sarasvatī também é reconhecida como um rio, e como uma deidade que rege o mundo aquático, é a energia divina que vem dos céus para purificar a vida no plano da terra, trazendo consigo tranquilidade, vitalidade, transparência, abundância e principalmente a clareza da mente necessária à discriminação do pensar.


Nas Purāṇas ela é a deusa da palavra e do discurso poético, fluente e harmônico.


Uma das manifestações mais boitas de Sarasvatī é como Sāvitrī, aquela que é dourada (olhos, mãos e língua), que protege e abençoa com vida plena todas as criaturas. É a representação da deusa como a rainha dos céu onde aparece correndo pela atmosfera sentada em uma carruagem puxada por cavalos brilhantes de patas brancas, concedendo a imortalidade, que advém por meio do autoconhecimento que está disponível para todas as criaturas. É aquela que presenteia o universo, como princípio criativo  e inspirador de Īśvara que tudo gera e mantém, com a manifestação do sol, a presença das águas e a circulação dos ventos. É aquela que inspira todas as práticas mágicas e ritualísticas dos sacerdotes e à ela é dedicado o Gāyatrī Mantra.
Gāyatrī é uma personificação de Sarasvatī, como esposa de Brahmā, simboliza o Poder (Śakti) e as qualidades de conhecimento supremo, pureza e virtude.Na forma de Gāyatrī , com as bençãos de Brahmā acredita-se que à ela foram entregues o conhecimento completo dos quatro Vedas, por isso é reconhecida como a mãe dos Vedas.
Sentada sobre um lótus, aparece com cinco faces, representação dos 5 praṇas ou dos 5 elementos. 


Gāyatrī, Sāvitrī e Sarasvatī são 3 aspectos da Śakti  representando as divindades que presidem o Gāyatrī Mantra que é cantado, usualmente, três vezes ao dia.

Ela é Sara (essência) .
Ela é Sva (o seu próprio).

É o aspecto feminino de Īśvara que nos concede a "nossa própria essência" por intermédio do autoconhecimento que leva à liberação. Representa a sabedoria infinita que rege as leis do universo, permitindo os perfeitos ciclos da natureza, a abundância das formas, o alimento que gera a vida no nosso planeta, a força que orienta e governa toda existência que conhecemos.
Por meio da graça de Sarasvatī o conhecimento "flui"como um rio, por este motivo, ela também é conhecida como "aquela que flui" . 
Na Tradição Védica o conhecimento é transmitido como palavra ("Vac") da boca do mestre para a mente do aluno que escuta, reflete e contempla as palavras de conhecimento, generosamente ensinadas pelo professor. 




                                                       OM TAT SAT  

Adriana Moll

quinta-feira, 6 de outubro de 2016


Lakṣmī 

                              
    Harih OM                          
                           



Hoje é a última noite dedicada à Lakṣmī . Ela é uma das faces da deusa muito popular na mitologia hindu. É comumente retratada como uma bela mulher, com quatro braços, de pé ou sentada sobre uma flor de lótus rosa. Sua vestimenta é vermelha ou rosa pink e comumente em suas representações observam-se dois elefantes próximos à ela, ungindo-a com água. Aparece segurando em uma das mãos uma flor de lótus, junto a sua imagem é usual aparecerem cântaros que jorram moedas de ouro.

O  conhecimento é o caminho direto (mesmo comparado a qualquer outro meio como - oração, meditação, rituais, práticas de yoga, estilo de vida de yoga ou  mesmo dharma) para a obtenção desta plenitude ou “felicidade” que buscamos . 
Todas esses caminhos são sadhanas que contribuem para  a obtenção da completude, mas apenas o conhecimento da nossa real natureza, poderá trazer essa sensação de satisfação interna, de maneira a pacificar intimamente o coração humano.




Lakṣmī é o aspecto da Devī que governa todas as formas de prosperidade, riqueza e sucesso. A adoração à este aspecto de Śakti  ilumina os caminhos, trazendo os meios materiais e espirituais para a obtenção da clareza, necessária ao autoconhecimento.

Lakṣmī é consorte de Viṣṇu, o sustentador do universo, e o acompanha como sua consorte, cada vez que ele desce à terra como avatāra. 
É a personificação da beleza suprema, da fartura, da generosidade e principalmente da riqueza e da fortuna materiais e imateriais.

Sempre invocada por seus devotos por bençãos de amor, prosperidade, riqueza e poder. É considerada por alguns como o principal símbolo da potência feminina, sendo reconhecida por sua eterna juventude e beleza.  A maior de suas bençãos, que é a grande riqueza que ela poderá nos conceder, é a luz do conhecimento que é capaz de destruir a escuridão da ignorância da nossa real natureza, ilimitada e sempre eterna. 
Percebendo isso, é possível enxergar no escuro da caverna do nosso coração, onde está sentada a verdade plena que é a realidade e a base do nosso “ser “, aquele que não é diferente ou afastado da essência que sustenta e mantêm o universo funcionando. 

Lakṣmī, também é conhecida como Śrī (a Radiante) e é vista na mitologia indiana como uma encarnação da graça, feminilidade, beleza e encanto. Ela é adorada como o aspecto da deusa como aquela que concede a libertação do ciclo de nascimentos e mortes. 

MANIFESTAÇÕES DA DEUSA 

Há um grupo de oito aspectos da Devī, conhecidas por Aṣṭalakṣmī, ou as oito manifestações de Lakṣmī. Elas representam oito formas de fortuna e prosperidade, demonstrando as capacidades  de Lakṣmī. 
As descrições sobre esse grupo de Aṣṭalakṣmī, divergem um pouco entre os grupos de estudiosos, e não há unanimidade entre os escritos ancestrais que falam destas oito formas.
Uma descrição usual do grupo de Aṣṭalakṣmi é esta: 


  • Vidyā Lakṣmī – Ela contêm a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual.
  • Dhānya Lakṣmī – Ela alimenta o mundo, nos abençoando com a fortuna das boas colheitas de grãos. 
  • Santāna Lakṣmī  - Ela protege toda a riqueza da família, principalmente as crianças.
  • Gaja Lakṣmī - Ela surge como Rainha Universal, com seus dois elefantes que atendem 
  • todas as preces e orações.
  • Ādi Lakṣmī - Ela é a Mãe Divina e fonte de todo o poder de Viṣṇu.
  • Vijaya Lakṣmī - Ela nos concede a vitória sobre obstáculos e problemas (vitória também 
  • no trabalho e aspectos legais).
  • Dhana Lakṣmī - Ela é a doadora do todo tipo de riqueza. 
  • Dhairya Lakṣmī- Ela nos dá força e coragem para enfrentarmos qualquer sacrifício.

Yā Devī Sarvabhūteṣu Lakṣmīrūpeṇa samathitā
Namastasyai Namastasyai Namastasyai  namo namaḥ





                                                                OM TAT SAT  

Adriana Moll

Lakṣmī 

                              
                              
                              Harih OM



Hoje é a última noite dedicada à Lakṣmī . Ela é uma das faces da deusa muito popular na mitologia hindu. É comumente retratada como uma bela mulher, com quatro braços, de pé ou sentada sobre uma flor de lótus rosa. Sua vestimenta é vermelha ou rosa pink e comumente em suas representações observam-se dois elefantes próximos à ela, ungindo-a com água. Aparece segurando em uma das mãos uma flor de lótus, junto a sua imagem é usual aparecerem cântaros que jorram moedas de ouro.

O  conhecimento é o caminho direto (mesmo comparado a qualquer outro meio como - oração, meditação, rituais, práticas de yoga, estilo de vida de yoga ou  mesmo dharma) para a obtenção desta plenitude ou “felicidade” que buscamos . 
Todas esses caminhos são sadhanas que contribuem para  a obtenção da completude, mas apenas o conhecimento da nossa real natureza, poderá trazer essa sensação de satisfação interna, de maneira a pacificar intimamente o coração humano.




Lakṣmī é o aspecto da Devī que governa todas as formas de prosperidade, riqueza e sucesso. A adoração à este aspecto de Śakti  ilumina os caminhos, trazendo os meios materiais e espirituais para a obtenção da clareza, necessária ao autoconhecimento.

Lakṣmī é consorte de Viṣṇu, o sustentador do universo, e o acompanha como sua consorte, cada vez que ele desce à terra como avatāra. 
É a personificação da beleza suprema, da fartura, da generosidade e principalmente da riqueza e da fortuna materiais e imateriais.

Sempre invocada por seus devotos por bençãos de amor, prosperidade, riqueza e poder. É considerada por alguns como o principal símbolo da potência feminina, sendo reconhecida por sua eterna juventude e beleza.  A maior de suas bençãos, que é a grande riqueza que ela poderá nos conceder, é a luz do conhecimento que é capaz de destruir a escuridão da ignorância da nossa real natureza, ilimitada e sempre eterna. 
Percebendo isso, é possível enxergar no escuro da caverna do nosso coração, onde está sentada a verdade plena que é a realidade e a base do nosso “ser “, aquele que não é diferente ou afastado da essência que sustenta e mantêm o universo funcionando. 

Lakṣmī, também é conhecida como Śrī (a Radiante) e é vista na mitologia indiana como uma encarnação da graça, feminilidade, beleza e encanto. Ela é adorada como o aspecto da deusa como aquela que concede a libertação do ciclo de nascimentos e mortes. 

MANIFESTAÇÕES DA DEUSA 

Há um grupo de oito aspectos da Devī, conhecidas por Aṣṭalakṣmī, ou as oito manifestações de Lakṣmī. Elas representam oito formas de fortuna e prosperidade, demonstrando as capacidades  de Lakṣmī. 
As descrições sobre esse grupo de Aṣṭalakṣmī, divergem um pouco entre os grupos de estudiosos, e não há unanimidade entre os escritos ancestrais que falam destas oito formas.
Uma descrição usual do grupo de Aṣṭalakṣmi é esta: 


  • Vidyā Lakṣmī – Ela contêm a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual.
  • Dhānya Lakṣmī – Ela alimenta o mundo, nos abençoando com a fortuna das boas colheitas de grãos. 
  • Santāna Lakṣmī  - Ela protege toda a riqueza da família, principalmente as crianças.
  • Gaja Lakṣmī - Ela surge como Rainha Universal, com seus dois elefantes que atendem 
  • todas as preces e orações.
  • Ādi Lakṣmī - Ela é a Mãe Divina e fonte de todo o poder de Viṣṇu.
  • Vijaya Lakṣmī - Ela nos concede a vitória sobre obstáculos e problemas (vitória também 
  • no trabalho e aspectos legais).
  • Dhana Lakṣmī - Ela é a doadora do todo tipo de riqueza. 
  • Dhairya Lakṣmī- Ela nos dá força e coragem para enfrentarmos qualquer sacrifício.

Yā Devī Sarvabhūteṣu Lakṣmīrūpeṇa samathitā
Namastasyai Namastasyai Namastasyai  namo namaḥ





                                                                OM TAT SAT  

Adriana Moll