Adriana Moll

Buscadora da verdade intrínseca a todos os seres da criação, inspirada e conduzida pela grandeza da Tradição Védica Indiana, pela Autocura e Autocultivo da beleza e da graça femininas que permeiam a mágica da Śakti Universal.
Harih Om

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016




Harih OM 


8 de dezembro

Oxum – Nossa Senhora da Conceição


Celebrando os aspectos da Deusa, que brilham e brilharão por todas as gerações de mulheres, que com esta essência, amarem a terra e quiserem manter a conexão viva com o planeta, sintonizando e equilibrando nossa energia feminina, que são dádivas da Deusa, ou da Grande Mãe.🙏



Os aspectos da Deusa são milhares, diferentes em formas e significados, da mesma maneira  que em um mesmo espectro óptico se observam a decomposição das cores.

Como quando um feixe estreito de luz solar incide sobre um prisma de vidro, em um determinado ângulo, uma parte é refletida e a outra parte atravessa o vidro, decompondo o espectro óptico em diferentes bandas de cores. Assim são as faces da deusa, uma única energia vista em uma multiplicidade de formas.

A origem dos mitos e símbolos da Deusa, bem como sua representação histórica, sempre esteve relacionada ao acolhimento e cada um destas facetas sempre teve algo a nos ensinar.
Muitas culturas e mulheres ao longo do tempo mantiveram viva e firme a conexão com a grande Mãe.
Oxum, orixá das águas doces, da sensualidade e da beleza é a deusa yorubá, protetora das fontes, rios e cachoeiras. Incentivadora das artes e da criatividade, é a principal divindade dos Oshogbó, capital e a maior cidade do estado de Osun, na Nigéria, que foi fundada no século XVII pelos Yorubás, mais importante grupo étnico do país.

O Festival de Oxum é realizado anualmente na cidade de Oshogbó. O Bosque Sagrado de Osun-Oshogbó, onde se encontra o Templo de Oxum, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.

Existem laços muito estreitos entre o mito de Oxum e os reis de Oshogbó. A festa anual de oferendas à Oxum é uma alegre comemoração que relembra a chegada de Laro, fundador da dinastia yorubá, às margens de um rio, cujas águas correm permanentemente.
Conta a história que Laro e sua família encontraram um local favorável para o estabelecimento de sua cidade e decidiram, próximo ao rio, fixarem residência junto com seu povo.

Poucos dias após a chegada de Laro, uma de suas filhas resolveu nadar no rio e acabou sumindo nas águas.

Dias depois, a linda moça reapareceu majestosamente vestida de amarelo com jóias de ouro e cobre, carregando um leque e um espelho, pulseiras e colares dourados, declarando ter sido muito bem acolhida pela divindade do rio. O pai, encantado, para demonstrar sua gratidão, dedicou-lhe oferendas.

Um imenso cardume de peixes, assistentes da deusa do rio, aproximaram-se para comer, em sinal de aceitação da oferta que Laro havia jogado nas águas.

Nadava próximo ao local um grande peixe. O estranho peixe cuspiu água em Laro, que recolheu esta água numa cabaça para beber, fazendo assim um pacto de aliança com a deusa do rio.

Em sinal de agradecimento pela benção, estendeu, as mãos para frente e o peixe saltou para elas.

Oxum é cultuada no Brasil, em Cuba, Haiti, Panamá, Porto Rico, República Dominicana e nos Estados Unidos  ( Flórida - California - Nova York) .

No cristianismo ela é relacionada à figura de Nossa Senhora da Conceição.

Ela é conhecida de diferentes maneiras no Brasil; na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres; no sul é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição; no centro-oeste e sudeste é reconhecida como Nossa Senhora ou Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Popularmente a celebração de Nossa Senhora da Conceição relaciona-se ao arquétipo da Maternidade. Desde o século VII, na Península Ibérica, festejos são feitos com esta evocação.
Nesta data, até pouco tempo, era comemorado o dia das mães e não no primeiro domingo de Maio.




Adriana Moll

Nenhum comentário:

Postar um comentário